Marão quer usar força policial para comerciante que insistir em abrir as portas

Fábio Vilas-Boas e o pedido de Marão
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Exclusivo. A nova estratégia do prefeito de Ilhéus, Mário Alexandre, a partir dos próximos dias, para punir proprietários de bares que insistem em descumprir o decreto de manter o estabelecimento fechado durante a pandemia, será a prisão. O assunto foi debatido entre ele e o secretário estadual da Saúde, Fábio Vilas-Boas, por meio de uma vídeoconferência. O Jornal Bahia Online teve acesso ao conteúdo. "Com a (ação da) guarda municipal apenas as comunidades não estão respeitando", se queixou o prefeito. Em seguida completou: "pedi ao governador para a gente entrar com mais força".

O prefeito pediu a ajuda da Polícia Militar nas ruas de Ilhéus, na sede e na zona rural. Reconheceu que em função das condições geograficas e territoriais, é dificil a Prefeitura fazer cumprir a disciplina do decreto. Destacou que "falta consciência à população" e que, no caso de lotéricas e agências bancárias, onde são registradas as filas e aglomerados mais intensos, a Prefeitura já está multando as instituições, por que a elas cabe a organização das filas.

Ao secretário Fábio Vilas-Boas, Mário Alexandre assegurou que em geral o comércio está fechado, a cidade está sem ônibus e igrejas permanecem fechadas, seguindo todo o processo orientado pela Organização Mundial da Saúde. O Jornal Bahia Online, entretanto, publicou no último domingo, registros fotográficos de diversos templos evangélicos funcionando na zona norte de Ilhéus, uma das regiões mais atingidas pelo novo coronavírus. Veja aqui.

Sobre a ação mais efetiva com uso da força da PM, o secretário Vilas-Boas prometeu conversar com o comandante geral da Polícia Militar baiana, Coronel Anselmo Brandão. "Se lacrou estabelecimento e ele reabriu, ele cometeu um crime tipificado, vai preso. O primeiro que você levar, o próximo não vai abrir", concordou o secretário estadual. "Amanhã você me aparece com o dono de bar preso", completou.

O secretário Fábio Vilas-Boas também pediu mais controle à situação da Central de Abastecimento do Malhado."Ali viola todas as normas da seap/seagri. Não pode funcionar uma feira fechada", recomendou, referindo-se à estrutura física de concreto existente na parte frontal da central de abastecimento, onde há grande circulação de pessoas.